Segundo a teoria Piagetiana, nas séries iniciais as situações de ensino são (ou deveriam ser) de caráter lúdico e estão (ou deveriam estar) desestruturando a criança, proporcionando novos conhecimentos. Isto é, construir um signo numérico envolve a compreensão do numero e sua representação.
A Escola deve conscientizar-se de que cabe a ela o papel de controle de habilidades de controle de quantidades. Estas habilidades, no entanto, deverão servir de base para novas aquisições de conhecimento. O professor deve se perceber como profissional reflexivo, capaz de buscar e construir o saber no cotidiano de seu fazer pedagógico e não apenas aplicar técnicas de noções básicas.
Algumas formas de levar as crianças á compreenção do signo numérico podem ser, por exemplo, contando-lhes uma história, fazendo-as viver uma situação na qual seja necessário o controle de quantidades ou ainda sugerindo-lhes um jogo em que se deve marcar a quantidade de pontos a ser comunicada à classe vizinha, através de um símbolo criado pelos alunos.
"Este pensamento é sintetizado nesta fala: "É possível combinar jogos e resolução de problemas nas séries iniciais; porém, fazer isso é muito mais que uma simples atitude, é uma postura que deve ser assumida na condução do ensino. E assumi-la com vistas ao desenvolvimento de conceitos científicos exige um projeto de ensino, inserido no projeto coletivo da Escola. Fazer isso, é dar um sentido humano ao jogo, a resolução de problemas e, sendo assim, à Educação Matemática."
( Professor da USP in: Série idéias,10,FDE,1991,pg.51.)
Sendo assim, concluímos que as intervenções a serem feitas no processo da construção do numero devem ser de caráter lúdico, proporcionando o aluno a possibilidade de construir o seu conhecimento e assegurando que este, compreenda de forma clara o sentido da representação do Signo, o caráter histórico-social e como se pode melhorar os processos de comunicações humanas.